domingo, 15 de dezembro de 2013

Lição 11 – A Ilusória Prosperidade dos Ímpios

Texto Áureo: Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao mau, ao puro e ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento.” Ec 9.2

Leitura Bíblica em Classe:
1 Deveras a tudo isto apliquei o meu coração, para claramente entender tudo isto: que os justos, e os sábios, e as suas obras, estão nas mãos de Deus; se é amor ou se é ódio, não o sabe o homem; tudo passa perante a sua face.

2 Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao mau, ao puro e ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento.

3 Este é o mal que há em tudo quanto se faz debaixo do sol: que a todos sucede o mesmo. Também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade; há desvarios no seu coração durante a sua vida, e depois se vão aos mortos.

4 Ora, para aquele que está na companhia dos vivos há esperança; porque melhor é o cão vivo do que o leão morto.

5 Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento.

6 Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua inveja já pereceram; nem têm eles daí em diante parte para sempre em coisa alguma do que se faz debaixo do sol.”
Ec 9.1-6

·        Introdução: O tema da aparente prosperidade dos ímpios é comum no Eclesiastes e o próprio Davi já versou sobre esta temática. Salomão observa que nesta vida os injustos parecem levar vantagem sobre os justos, porém quando nivelados por Deus constata-se que ambos terão o mesmo fim, isto é, a morte. Mas ainda é preferível ser sábio a agir como um tolo, pois seremos medidos pelos padrões de Deus, não pelas circunstancias da vida.
              I.            Os Paradoxos da Vida
1.     Os Justos Sofrem Injustiça: Os perversos parecem sempre estar prósperos e seguros e os justos sempre sofrendo, como parte de sua rotina cotidiana. Mas é preciso lembrar que esses sofrimentos, esses revezes fazem parte do nosso aperfeiçoamento espiritual, fazem parte do nosso processo de santificação e de moldagem. Estar passando por dificuldades não significa que nossa fé está fraca ou que nos encontramos em pecado, mas que estamos sendo moldados como vasos nas mãos de Deus, estamos sendo aperfeiçoados para vermos a Deus como Ele é.
2.     Os maus prosperam: 1º A espiritualidade de uma pessoa não pode ser medida pelo que ela possui; 2º A régua da eternidade nos medirá tomando como critério a fidelidade a Deus; 3º A prosperidade bíblica vem como resultado de um relacionamento sadio com Deus e independe de alguém ter posses ou não. Em síntese ser prospero não é “ter”, mas “ser”. Ser amigo de Deus, ser salvo isso sim é ser prospero.
           II.            A Realidade do Presente e a Incerteza do Futuro
1.     A Realidade da Morte: “Esta é a tua porção debaixo do sol” É no cotidiano que expressamos nossa existência e percebemos nossa finitude, percebemos que somos efêmeros. Sob o sol constatamos a verdade implacável da morte, tanto para quem ser a Cristo quanto para quem não o serve! A sentença já foi dada, é a mesma para todos e essa realidade da morte torna o futuro incerto. Todavia em Cristo nós temos a vida eterna, essa é a nossa fé, nossa esperança e o nosso futuro.
2.     A Certeza da Vida Eterna: Eclesiastes é um livro puramente existencial. Sua temática preenche apenas as coisas “debaixo do sol”, ou seja, desta vida. No Eclesiastes, quem está do lado de lá da eternidade não participa do lado de cá da existência. Desta forma “os mortos não sabem coisa nenhuma” (Ec. 9.5). Isto porque eles pertencem à outra dimensão onde nem mesmo o sol é necessário.
         III.            A Imprevisibilidade da Vida
1.     As Circunstancias da Vida: Catástrofes naturais e vicissitudes sociais ocorrem em lugares habitados quer por ímpios quer por crentes piedosos. Todos nós estamos sujeitos aos infortúnios da vida. Afinal de contas o mundo está em decadência, mas lembremo-nos de que em todas as circunstancias Deus se faz presente.
2.     Aproveitando a Vida: Cientes de que teremos dissabores na vida, o que fazer a respeito? Mergulhar no pessimismo ou nos tornar indiferentes aos problemas? Salomão sabia que esta vida não era fácil e nem justa, ele não negou esse fato e também não fugiu dessa realidade. Ao contrário o Pregador s incentiva a viver e desfrutar daquilo que nos foi dado como porção. Em Cristo somos chamados a viver a verdadeira vida, conscientes de sua finitude terrena, mas esperançosos quanto sua eternidade celeste.
        IV.            Vivendo por um Ideal
1.     A Morte dos Ideais: Nossa sociedade tem perdido os seus ideais, uma das marcas dos dias atuais é a relativização do absoluto, onde cada individuo vai buscar uma verdade para si. O resultado é o que vemos hoje, pessoas individualistas apenas preocupadas consigo mesmas e desinteressadas pelo próximo.
2.     Vivendo por um Ideal: Todos sabemos que as boas ações nem sempre são reconhecidas, todavia devemos ter um ideal que esteja alicerçado em Deus. Em nossa sociedade atual relativista e vazia de idealismo, não há garantias de reconhecimento por sermos honestos, justos e retos, nada nessa sociedade garanti que seremos reconhecidos por vivermos os valores morais e espirituais bíblicos. Porém existem ideais dignos de serem preservados e defendidos.

·        Conclusão: A “vida debaixo do sol” mostra-se como ela realmente é. Cheia de obstáculos e paradoxos, mas a vida precisa ser vivida. Para evitarmos as armadilhas do pessimismo e do indiferentismo, devemos viver a vida a partir da perspectiva da eternidade. Assim perceberemos que existem ideais dignos pelos quais devemos lutar. E de forma alguma podemos nos esquecer de viver a nossa vida de maneira a glorificar a Deus.

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