Texto Áureo: “Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo
sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao mau, ao puro e ao impuro; assim ao que
sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura
como ao que teme o juramento.” Ec 9.2
Leitura Bíblica em Classe:
“1 Deveras a
tudo isto apliquei o meu coração, para claramente entender tudo isto: que os
justos, e os sábios, e as suas obras, estão nas mãos de Deus; se é amor ou se é
ódio, não o sabe o homem; tudo passa perante a sua face.
2 Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo
sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao mau, ao puro e ao impuro; assim ao que
sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura
como ao que teme o juramento.
3 Este é o mal que há em tudo quanto se faz
debaixo do sol: que a todos sucede o mesmo. Também o coração dos filhos dos
homens está cheio de maldade; há desvarios no seu coração durante a sua vida, e
depois se vão aos mortos.
4 Ora, para aquele que está na companhia dos
vivos há esperança; porque melhor é o cão vivo do que o leão morto.
5 Pois os vivos sabem que morrerão, mas os
mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa;
porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento.
6 Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua
inveja já pereceram; nem têm eles daí em diante parte para sempre em coisa
alguma do que se faz debaixo do sol.”
Ec 9.1-6
·
Introdução:
O
tema da aparente prosperidade dos ímpios é comum no Eclesiastes e o próprio
Davi já versou sobre esta temática. Salomão observa que nesta vida os injustos
parecem levar vantagem sobre os justos, porém quando nivelados por Deus
constata-se que ambos terão o mesmo fim, isto é, a morte. Mas ainda é
preferível ser sábio a agir como um tolo, pois seremos medidos pelos padrões de
Deus, não pelas circunstancias da vida.
I.
Os
Paradoxos da Vida
1.
Os
Justos Sofrem Injustiça: Os perversos parecem sempre estar prósperos e
seguros e os justos sempre sofrendo, como parte de sua rotina cotidiana. Mas é
preciso lembrar que esses sofrimentos, esses revezes fazem parte do nosso
aperfeiçoamento espiritual, fazem parte do nosso processo de santificação e de
moldagem. Estar passando por dificuldades não significa que nossa fé está fraca
ou que nos encontramos em pecado, mas que estamos sendo moldados como vasos nas
mãos de Deus, estamos sendo aperfeiçoados para vermos a Deus como Ele é.
2.
Os
maus prosperam: 1º A espiritualidade de uma pessoa não pode ser medida pelo que ela
possui; 2º A régua da eternidade nos medirá tomando como critério
a fidelidade a Deus; 3º A prosperidade bíblica vem como resultado de um
relacionamento sadio com Deus e independe de alguém ter posses ou não. Em
síntese ser prospero não é “ter”, mas “ser”.
Ser amigo de Deus, ser salvo isso sim é ser
prospero.
II.
A
Realidade do Presente e a Incerteza do Futuro
1.
A
Realidade da Morte: “Esta é a tua porção debaixo do sol” É no cotidiano
que expressamos nossa existência e percebemos nossa finitude, percebemos que
somos efêmeros. Sob o sol constatamos a verdade implacável da morte, tanto para
quem ser a Cristo quanto para quem não o serve! A sentença já foi dada, é a
mesma para todos e essa realidade da morte torna o futuro incerto. Todavia em
Cristo nós temos a vida eterna, essa é a nossa fé, nossa esperança e o nosso
futuro.
2.
A
Certeza da Vida Eterna: Eclesiastes é um livro puramente existencial. Sua
temática preenche apenas as coisas “debaixo do sol”, ou seja, desta vida. No
Eclesiastes, quem está do lado de lá da eternidade não participa do lado de cá
da existência. Desta forma “os mortos não sabem coisa nenhuma” (Ec. 9.5). Isto
porque eles pertencem à outra dimensão onde nem mesmo o sol é necessário.
III.
A
Imprevisibilidade da Vida
1.
As
Circunstancias da Vida: Catástrofes naturais e vicissitudes sociais
ocorrem em lugares habitados quer por ímpios quer por crentes piedosos. Todos
nós estamos sujeitos aos infortúnios da vida. Afinal de contas o mundo está em
decadência, mas lembremo-nos de que em todas as circunstancias Deus se faz
presente.
2.
Aproveitando
a Vida: Cientes de que teremos dissabores na vida, o que fazer a respeito?
Mergulhar no pessimismo ou nos tornar indiferentes aos problemas? Salomão sabia
que esta vida não era fácil e nem justa, ele não negou esse fato e também não
fugiu dessa realidade. Ao contrário o Pregador s incentiva a viver e desfrutar
daquilo que nos foi dado como porção. Em Cristo somos chamados a viver a
verdadeira vida, conscientes de sua finitude terrena, mas esperançosos quanto
sua eternidade celeste.
IV.
Vivendo
por um Ideal
1.
A
Morte dos Ideais: Nossa sociedade tem perdido os seus ideais, uma das marcas dos dias
atuais é a relativização do absoluto, onde cada individuo vai buscar uma
verdade para si. O resultado é o que vemos hoje, pessoas individualistas apenas
preocupadas consigo mesmas e desinteressadas pelo próximo.
2.
Vivendo
por um Ideal: Todos sabemos que as boas ações nem sempre são reconhecidas, todavia
devemos ter um ideal que esteja alicerçado em Deus. Em nossa sociedade atual
relativista e vazia de idealismo, não há garantias de reconhecimento por sermos
honestos, justos e retos, nada nessa sociedade garanti que seremos reconhecidos
por vivermos os valores morais e espirituais bíblicos. Porém existem ideais
dignos de serem preservados e defendidos.
·
Conclusão:
A
“vida debaixo do sol” mostra-se como ela realmente é. Cheia de obstáculos e
paradoxos, mas a vida precisa ser vivida. Para evitarmos as armadilhas do
pessimismo e do indiferentismo, devemos viver a vida a partir da perspectiva da
eternidade. Assim perceberemos que existem ideais dignos pelos quais devemos
lutar. E de forma alguma podemos nos esquecer de viver a nossa vida de maneira
a glorificar a Deus.
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